sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Aprendendo letras brincando com carros!

Luka passa praticamente o dia inteiro brincando com os carros da Disney - sua coleção já passou de 60 veiculos! E a cada vez que ele ganha mais um fica muito, muito feliz, e em seguida diz: "Agora falta a Sally, a Flo, o Rip...(etc etc)". O pior é que são super dificil de achar!
 
Enfim, eu já estou cansada de brincar de corrida e de malvados seguindo bonzinhos... e percebi que o Luka estava repetindo as mesmas coisas sempre, então tive uma idéia para tornar a brincadeira mais educativa: fazemos de conta que os carros vão para a escola, onde aprendem a escrever letras. Essa foi a unica maneira que encontrei de fazer o Luka se interessar por aprender a escrever. Ele sabe escrever seu nome e identifica as suas letras, já faz um tempo, mas depois disso nunca mais quis saber do assunto. Com a brincadeira da escola, ele aprendeu em 2 dias as letras C (de carro), M (de McQueen) e V (de Vladimir).
 
Outra "utilidade" dos carrinhos foi ensinar um pouco de geografia. Comprei um atlas e mostro onde estão os paises onde acontecem as corridas, e a origem dos carros. Por enquanto ele só acerta mesmo onde está o oceano (hahahaha) mas sei que insistência e disciplina são o caminho certo, e da noite para o dia ele vai lembrar de tudo.
 
A idéia funciona com qualquer brinquedo favorito, para as meninas, com suas bonecas, óbvio. O próximo passo será matemática?

 
 

sábado, 3 de novembro de 2012

Congelando leite materno

Nas primeiras semanas de vida, Luka mamava praticamente o dia inteiro. E todo mundo sabe que quanto mais o bebê mama, mais leite produzimos. Meus seios estavam imensos, provavelmente tamanho 46 - o marido que estava contente, contava para todos os amigos, bobão, nem podia encostar! Passada a novidade ele já reclamava pro Luka "quero meus peitos de volta, seu ditadorzinho!".
 
Na primeira noite que o Luka dormiu por umas 7 ou 8 horas, foi um choque para mim: eu usava aqueles absorventes para o peito, que ficaram ensopados, o leite vasou na minha blusa, na cama e no travesseiro! (eu usava aqueles travesseiros compridos para dormir). Eu acordava de noite e ia na pia do banheiro mesmo jogar água quente no peito, e massageava - saiam jatos e mais jatos de leite. Bom mesmo é um banho quente que tem o mesmo efeito e alivia as dores.
 
Mas o ideal para balancear a demanda/produção é ordenhar, ui não gosto dessa palavra, com todo o respeito às vacas, mas não vou usá-la!, melhor assim: o ideal é tirar leite em horários estratégicos, com a mão bem limpa (com a ajuda de um pano, pode ser uma fralda, e agua quente - ai que canseira!), ou com uma boa bombinha esterelizada (elétrica? ufa, melhorou), e armazenar – no fundo da geladeira por 12 horas (na porta não), ou no frezeer por 3 meses. Se você encontrar em alguma lugar a informação de que são 24 horas na geladeira, está desatualizada – novas normas do Ministério da Saúde no Brasil. Alguns sites brasileiros dizem que congelar no freezer só dura 15 dias, mas não encontrei a informação oficial, sorry! Acredito que 3 meses seja norma para países mais frios. No Brasil, onde além de ser quente ainda existe quedas de energia, faz sentido que seja mesmo 15 dias. Detalhe: não se pode deixar na geladeira por 12 horas e depois congelar!
 
Se for congelar, coloque no freezer assim que tirar o leite. Use sacolinhas ou frascos apropriados, sem entrada de ar (exemplos nas imagens abaixo), e escreva a DATA de congelamento do leite, para não haver confusão. DICA: deixe uma espaço vazio no container que utilizar, não encha o frasco ou sacola ao máximo, porque o leite vai expandir quando congelar.

(Leia abaixo para comprar esses produtos)

 
DESCANGELANDO: A melhor maneira é preparar-se com antecedência, tirando o leite do freezer e colocando na geladeira para descongelar naturalmente. Quando pronto, pode ficar na geladeira por 12 horas. Se for uma emergência, você pode descongelar colocando o copinho ou saquinho dentro de uma vasilha com agua quente, mas dessa forma você deve usar o leite imediatamente. Não use o microondas! Se a gordura se separar no leite descongelado, não tem problema, dê uma mexida. Outra coisa: como tudo que se descongela, não se pode congelar novamente.
 
CUIDADO para não tirar leite demais, porque assim você estimula a produção talvez de forma desnecessária. Quando tirar, esvazie bem o peito para evitar infecções (mastite).
 
Eu não vou falar sobre como tirar leite porque cada uma de nós mais ou menos desenvolve uma técnica pessoal, do seu jeito, que seja confortável. Apenas aconselho a massagear todo o peito em movimentos circulares e em direção ao mamilo, para não ficarem vazinhos entupidos. NÃO aperte o mamilo. As maquinas vem com instruções para seguir, e depois você vai se adaptando para ficar cômoda. Não existe um período fixo para tirar leite, você tem que tirar até esvaziar e isso depende de cada mulher, pode levar 15 minutos, pode levar 45 minutos, boa sorte!
 
Eu odiava tirar leite porque tinha que acordar de madrugada para fazer, e quem já não esta dormindo muito bem não acha muita graça nisso meeeesmo! Ainda mais porque basicamente TUDO que for utilizado no processo deve ser bem lavado e esterilizado previamente – mais trabalho! Acabava tirando o excesso na pia (e jogava fora mesmo), massageando com a mão, e acabei ficando com mastite (infecção bacteriana causada por leite ‘entupido’) no peito direito, que ficou muito dolorido e roxo. De castigo, tive que tirar leite desse peito todas as vezes nos primeiros dias de antibiótico, para não dar pro Luka! Foi um saco. Mas isso durou pouco porque em breve o Luka passou a mamar em horarios bem regulares, e a produção de leite ficou estabilizada com a demanda.

Todo o leite que eu tirei e congelei, acabei jogando fora! Foi mesmo uma reserva estratégica. Na verdade eu pretendia usar, mas o Luka tomou mamadeira 1 vez e nunca mais quis. Eu fiquei com medo de que ele não quisesse mais o peito e não insisti. Como eu estava sempre por perto, nunca tivemos problemas. Estava praticamente escravizada pela fome dele, mas o fato é que eu não conseguia ficar longe dele mesmo, até ir ao supermercado me deixava com saudade!
 
Se você precisa tirar leite porque vai trabalhar e quer continuar amamentando, infelizmente não posso dar muitas dicas porque eu estava em casa 24/7. Mas mesmo assim, vai por mim, invista em uma bombinha boa, e elétrica! E tenha paciência, persista! Quem disse que seria fácil? O tempo voa, logo o bebê começa a comer papinhas e tomar menos leite, e você, aos poucos, vai ter tempo para pentear os cabelos novamente!

PARA COMPRAR

Saquinhos Lansinoh, caixa com 25 (R$20,00) ou 50 (R$35,00) + frete
Copinhos Philips, R$40,00 + frete

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Mãe moderna limpando o chão...

Olhem essa roupa de bebê com a função de limpar/lustrar o chão da casa!
Achei engraçado, mas totalmente inviável para limpeza, pois não gostaria de acumular sujeira, poeira, germes etc no meu bebê - quem teve essa idéia péeeeessima?? Ofensivo, coitadinhos dos pequeninhos!! Em um chão limpo, para lustrar e para distrair o bebê até passa... como brincadeira... Mas mesmo assim, NO THANKS! 
(40USD www.betterthanpants.com)



 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

“São Bepantol” é mesmo milagreiro?

Bepantol mil e uma utilidades é um assunto bastante popular nos blogs e redes sociais. Eu adoro a pomada e aplico no Luka antes de dormir, mas nunca pensei em usar no meu corpo.

Primeiro, vou falar de bebê. O Luka não usa fralda há quase 10 meses, e ouvi dizer que em média leva-se 6 meses para tirar a fralda noturna. Não sei se isso é realmente uma média, mas com o Luka me parece estar bastante longe disso, pois sua fralda ainda está bastante cheia pela manhã. Acontece que, recentemente, começou a esfriar, então ele dorme com uma regata, pijama de manga longa e meias, além de lençol e edredom, e o aquecedor fica ligado por boa parte da noite. Acredito que ele fica com o corpo bem quente na cama, e isso tem causado uma irritação muito forte nos seus testículos: ele estava coçando tanto pelas manhãs que chegou a sangrar! Eu estava usando em algumas noites apenas Sudocream, um creme para assaduras muito popular aqui no Reino Unido, e que eu adoro por ser cheiroso e muito fácil de espalhar. Quando o Luka usava fralda de dia eu usava Bepantol porque é mais eficaz, mas de cara nem lembrei de passar para resolver essa irritação. Levei umas 2 semanas trocando a fralda no meio da noite para ele ficar mais seco até ter essa feliz idéia, e após o primeiro dia posso dizer que melhorou 90%. Maravilha.
 
Agora, após ler diversas dicas online, fiquei interessada em conhecer os benefícios que o Bepantol pode trazer para o meu corpo. A pomada, ou na forma liquida, serve para cicatrização, hidratação e regeneração da pele. Isso vai muito mais além de irritações, alergias e eczemas. Alguns usos comuns que aprendi foram:
 
Pós tatuagem
Pós depilação
Pós barba
Lábios ressecados (eu passava Vaselina TODAS as noites e gostava, noite passada usei Bepantol e o resultado é MUITO melhor, virou parte da minha rotina!)
Amolecer e hidratar cutículas (vou testar e comentar em breve!)
Fortalecer unhas (colocar umas gotinhas na base, essa não vou testar porque uso produtos que aaamo da Sally Hansen)
Hidratar pés rachados e cotovelos (para isso eu uso um creme ma-ra chamado E45, meus pés estavam sempre rachados e não tenho mais esse problema, acho que não tem no Brasil, veja abaixo para comprar - mas vou testar e comentar em breve também)
Espinhas (noite passada eu estava com 2 espinhas no colo, passei Bepantol em 1 para ver a diferença pela manhã mas não percebi nada. Quanto a esse uso sou mais desconfiada porque minha pele é oleosa e acredito que o Bepantol apenas pioraria!)
Estrias (não tenho muita estria, não é algo que me incomoda muito mas vou testar. Li uma internauta dizendo que melhorou 80% no seu caso. Mas não acredito em milagres, em se tratando de estria eu não acredito que creme algum no mundo, sem o uso de outro recurso, resolva!)
Queimaduras e feridas em geral
E os tópicos mais explorados:

Olheira
Muita gente testemunhou que passou Bepantol nas olheiras pela noite e a pele estava muito melhor pela manhã. Achei meio duvidoso, e encontrei essa explicação de uma dermatologista, em um blog bem bacana chamado aminhapeleemelhorqueasua: “O povo exagera um pouco. O que acontece, é que o local onde estes produtos são passados, fica hidratado. Daí a pele fica com uma aparência luminosa, e a pessoa tem a impressão de que suas manchas clarearam. Sem contar que pode causar espinhas em peles oleosas.” Bingo. Bepantol no meu rosto, só nos lábios…
… e sobrancelhas e cílios! Essa outra dica amei e vou testar amanhã mesmo, se lembrar. Nas sobrancelhas, para supostamente corrigir falhas e dar força. Nos cílios, para fortalecer e dar volume – essa dica me parece ótima.
Cabelos
Parece que o Bepantol é um hidratante poderoso com efeito regenerador também para os cabelos, e rola na internet umas receitas caseiras, tipo:

- 5 ml de Bepantol liquido
- 2 colheres de sopa de açucar
- 3 colheres de creme de tratamento de sua preferência.

(Misture tudo e aplique nos cabelos após lavar - sem condicionador. Deixe por 30/40min e lave bem) Alguém sugeriu adicionar queratina em gel a essa receita, mas não sei a quantidade.

Outra idéia é colocar o Bepantol direto no shampoo, mas algumas pessoas recomendaram não utilizar esse shampoo diariamente. Outras pessoas disseram que se você misturar o Bepantol com um creme de tratamento, nem um nem outro vão funcionar direito.

Mais uma opção: passar a pomada nas pontas do cabelo antes de dormir, ou colocar uma gotas do liquido em um borrifador com agua e espirrar nos cabelos.

Esse assunto cabelos parece não ter fim! O Bepantol também, aparentemente, estimula pigmentação, e por esse motivo é indicado para desacelerar o surgimento de cabelos brancos. E também para clarear a pele escura na região das axilas e virilha. Será verdade? Essa não sei mesmo, mas tem gente jurando que massagear a pomadinha nas raízes dos cabelos ajuda a evitar a queda dos fios. E por fim, a formula também deve melhorar sintomas de inflamação do couro cabeludo e diminuir coceiras.
 
PARA COMPRAR:
Bepantol wipes (toalinhas úmidas) R$15,00 + frete


 

 
E45 – creme para os pés R$40,00 + frete

 
Sally Hansen – fortaceledor de unhas ou nutritivos R$25,00 + frete
Sally Hansen Miracle Grow – crescimento de unhas (embalagem dourada) R$50,00 + frete
 

 

 
O.P.I Nail Envy – fortalecedor de unhas R$80,00 + frete

 

 


Preços Nov/2012
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Halloween!!!

Dia das bruxas foi hoje endiabrado mesmo. Tudo que planejei deu errado!
 
 
Luka adora sair para pedir doces ou travessuras, e combinei com minha cunhada de irmos na casa dela para que ele fizesse o passeio com sua prima Blaise. Mas a princesinha esta doente, com gripe e conjuntivite, e não poderia sair de casa. Liguei para a mãe de um amiguinho da escola que mora aqui perto e eles estariam numa festinha, longe daqui. Resolvemos colocar a roupa de Drácula e ficar em casa, esperando por crianças baterem em nossa porta. Mas o Luka não entendeu que isso significava dar doces, e não ganhar, e ficou esperando com a cestinha de abóbora na mão. Fiquei com dó e pensei em como fico sempre chateada quando vejo outros pais não fazerem esforço algum por seus filhos, então pedi ao Ryan que ligasse para um amigo seu que também mora na redondeza e que tem 2 filhas, para irmos juntos na caça aos doces. Ok.
 
Chegamos lá e o Luka, tímido no começo como sempre, logo se soltou porque já esta acostumado com as meninas, apesar de estar um pouco receoso de outros 2 meninos que acompanhavam. Andamos um pouco mas era muito cedo (17hrs), acredito que muitas pessoas ainda não haviam chegado do trabalho, poucas casas tinham luz ou decoração de halloween (quando está tudo meio escuro é tipo um código para não bater na porta, geralmente só se bate nas que tem alguma decoração, mas as crianças maiores que saem sem os pais acabam batendo por tudo mesmo). Enfim, apenas 2 casas abriram as portas, e na terceira o Luka estava mais para trás das outras crianças, o Ryan falou para ele correr, ele foi mas parou no meio do caminho chorando desesperado, não entendi e ainda não sei por quê, vomitou na calçada de tanto chorar, e pediu para vir para casa.
 
Chegamos em casa e ele estava bem humorado de novo. Fizemos uma travessa de doces para quem aparecesse. A abóbora que fiz na segunda já estava cozinhando por dentro por causa da vela e estava desmoronando, a segunda abóbora eu não havia terminado de esculpir porque pensei que não estaríamos em casa. Resultado, até a hora do Luka tomar banho (que já havia passado) apenas 1 criança bateu em nossa porta - a vizinha. Luka não aproveitou nada da brincadeira desse dia que é provavelmente o mais divertido do ano para as crianças! Somente depois que ele dormiu preparei a abóbora rapidamente, de qualquer jeito, apenas para não desperdiçar (ficou horrivel, veja abaixo!). Coloquei na janela e abri a cortina. Nada. Já são quase 22hrs e a brincadeira acabou. No próximo ano vou decorar a casa inteira, com balões de fantasmas, monstros e aranhas de plástico, e outras coisas moderadamente assustadoras. E vou convidar os amiguinhos do Luka para virem aqui, assim garantimos o evento! Logo, logo estarei como a Claire do seriado Modern Family!! (aliás, quem não assiste não sabe o que esta perdendo, hilário!, mas tem que assistir em ingles com legenda, porque dublado perde a graça)
 
Eu costumava achar o Halloween uma besteira, uma bobagem americana, mais um evento comercial etc etc. Besteira é mesmo quem critica sem nunca participar, porque não sabe do que está falando. Para começar, o principio de sair batendo nas portas das casas, sem medos, e abrir a porta para oferecer comida aos estranhos, é algo que não apenas envolve espírito de partilha e de comunidade, mas também, e mais notável para mim, brasileira mal acostumada a muros, interfones e cercas elétricas, oferece um delicioso sabor de liberdade.

 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Grávida poderosa


Essa escultura de 20 metros dividiu as opiniões aqui na Inglaterra e no mundo na semana passada. Muita gente achou de mau gosto e imoral, chegando a definir a obra como “pornografia mascarada de arte”, ou que lembra ditadores totalitários, e até “um pouco Hannibal Lecter”. Eu achei que não é uma obra lindíssima, mas por ser uma homenagem às mães, recebe minha imediata aprovação. Adoro a espada e a pose, me lembra da She-ra, poderosa.

O escultor Damien Hirst explica que a obra é uma “alegoria moderna da verdade e justiça”. A justiça é representada pelos tradicionais símbolos espada e balança – a balança está atrás. Se a balança está desequilibrada, “a espada se torna um instrumento perigoso de poder, e não de justiça”.


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lavar o cabelo sem lágrimas

Quando o Luka era recém-nascido, eu tinha cuidado para não escorrer água no seu rostinho durante o banho. Primeiro para não causar desconforto e segundo porque eu tinha medo de que entrasse água nas orelhas e causasse alguma infecção. Não sei se é bobagem, mas depois me arrependi de não ser um pouco mais descuidada, já que o Luka cresceu o-di-an-do lavar o cabelo ou mesmo molhar o rosto.
 
 
Quando ele era bebê era mais fácil, pois bastava segurar sua cabecinha deitada sobre a agua e lavar rapidinho, mas ele foi crescendo e passou a se negar a abaixar a cabeça. Eu passei a molhar o cabelo dele com a minha mão gentilmente, passar xampu fazendo bastante espuma e tirando a espuma para colocar nos carrinhos dele por exemplo, para ele se divertir, e rapidamente jogar agua na cabeça – o que causava choro e gritaria, mas por menos de 30 segundos, tempo que eu levava para secar o seu rosto e um pouco do cabelo. Até ele saber que viria essa parte, e passou a chorar logo quando eu molhava o cabelo e não queria nem saber de espuminha!
 
Foi um processo muito, muito lento para ele parar de chorar ao lavar os cabelos. Já estava com mais de 2 anos. O começo do sucesso foi com a tabela de estrelas (premio por bom comportamento, a cada 10 estrelas, um brinquedo - escrevi um post sobre isso há algum tempo): passei a oferecer uma estrela se ele não chorasse, e funcionou varias vezes. Depois, passei a explicar e conversar mais sobre lavar o cabelo, e perguntar como ele gostaria que fosse feito. Quando ele estava calminho e não muito cansado, funcionava também. E quando nada funcionava eu jogava agua e deixava chorar.
 
Mas a melhor maneira que encontrei de lavar o cabelo sem choro foi umedecendo as raizes com uma esponja, enquanto o distraia com alguma brincadeira ou com perguntas interessantes para ele, depois passando xampu devagar enquanto conversavamos/brincavamos, e depois de esperar uns minutos, enxugando novamente com a ajuda da esponja, sem jogar muita agua. Demorava mas nao estressava. 
 
Com o tempo ele se acostumou e estava tudo otimo, até irmos de férias ao Brasil, em abril deste ano, Luka com 2 anos e 9 meses, e era preciso lavar seu cabelo TODOS os dias, por causa do calor e suor. Além disso, passamos a usar chuveiro, o que piorou a situação. Quando voltamos para casa, estavamos na estaca zero. Ou pior. Verdade, estava pior do que nunca. Levamos outro mês ou dois para voltarmos ao normal. O que ajudou bastante foram aquelas armas de água, que ele gosta de brincar no banho e que não incomoda tanto quando molha o rosto e cabelo, porque faz parte da brincadeira. Além disso, nos mudamos de casa em março, e nessa casa a banheira tem 2 barras laterais para ele se segurar enquanto abaixa a cabeça para trás, e ele agora adora colocar os cabelos na água e balançar a cabeça.
 
Em agosto estivemos de férias na Turquia e ele passou a brincar na piscina com muito mais confiança, e sem chorar quando molhava o rosto, o que foi uma surpresa ótima. Até no mar ele deixou molhar os cabelos. Desde que voltamos, eu falo pra ele molhar o rosto para “treinar” pras ferias, e fico relembrando bons momentos na piscina, para incentivar que fique cada vez mais à vontade. Agora serão mais alguns anos até que ele tenha coragem de mergulhar! Ou não, se começarmos aulas de natação em breve (projeto que nunca se realiza porque tenho muita preguiça com esse friiiiiio!! – mas sei que preciso fazer um esforço... ok, quem sabe resolução para 2013?)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Leite hipoalergenico para bebês


A noticia boa é que um leite que poderia servir para bebês com alergia ao leite de vaca esta sendo “criado”. A notícia ruim é que vem de uma vaca geneticamente modificada.
 
Cientistas da Nova Zelândia criaram uma vaca, a Daisy, que produz o leite hipoalergenico. Seu leite seria livre de uma proteína que causa as alergias. (Parece que a coitadinha nasceu sem rabo!) No mundo, cerca de 3% das pessoas sofrem de alergias causadas pelo leite de vaca. Ainda em estudo, o leite não será comercializado no momento, mas poderia ser entre 3 e 10 anos.
 
Daisy, a vaca geneticemente modificada
 
Em 2011, cientistas argentinos haviam modificado geneticamente uma vaca, a Rosita, introduzindo 2 genes humanos no seu DNA, que provocaram a produção de proteínas humanas e consequente produção de leite parecido com o leite materno. Não encontrei informações sobre a comercialização deste leite.
 
Não vou opinar porque tenho pouco conhecimento sobre o assunto genético e nem problemas de alergia ao leite na familia, mas não acredito que eu estaria pronta para consumir algum produto deste tipo, ainda.
 
Uma organização da NZ que é contra a pesquisa genética está pedindo o cancelamento do projeto, explicando que a proteína (BLG) retirada do leite é importante para quem não tem alergia, pois é essencial para o sistema digestivo e imune, além de ajudar na obsorção de vitaminas A, D e E. Além disso, eles dizem que dos 3% de pessoas afetadas pelas alergias, talvez 0,1% delas seja por causa da BLG, e a maioria por causa de outra proteína, chamada caseína, que aparentemente foi duplicada no leite da Daisy. – Se esses forem os motivos me parece uma tempestade em copo d’agua, já que basta rotular as embalagens e, obviamente, não parar a produção do leite de vaca normal.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Fotografias de gravidez: MAU GOSTO se discute!

Acabei de me deparar com essas fotografias no jornal inglês The Sun, de casais e mulheres grávidas. Super mau-gosto, talvez umas 2 sejam engraçadas e outras 2 ou 3 normais, as outras são ridículas, na minha opinião, mas se você se identifica, aproveite a inspiração!

http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/news/4565899/The-most-awkward-pregnancy-photos-ever-revealed.html



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Protegendo meu filho na escola


Hoje o Luka esteve na escolinha pela manhã. Quando fui buscá-lo, percebi que estava meio mal humorado. Chegou em casa fazendo tudo ao contrário do que eu dizia e respondendo mal. Eu ignorei e fui fazer o almoço. Ele pegou todas as almofadas da sala e a manta do sofá e fez uma “cama” no chão, deitou-se e ficou ali quietinho por uns minutos. Pensando na vida, provavelmente lembrando-se da escolinha.

De repente, ele aparece una cozinha com os braços abertos e uma cara meio triste e disse: “Everything happened today! = Aconteceu tudo hoje”. Querido! Perguntei o que aconteceu e ele disse que os meninos não o deixaram subir no barco, perguntei o que ele fez e ele disse “eu saí andando e fui brincar lá dentro com um carro”.. sozinho? “sim”. Bom, perguntei mais e aparentemente TUDO que aconteceu foi isso. Mas ele deve ter ficado tão magoado, pobrezinho. Sentir-se rejeitado dói, algumas crianças aprendem isso desde que nascem, infelizmente, e o Luka está experimentando essas emoções agora que está sendo preparado para entrar na escola de verdade. Assim que completar 4 anos, em julho de 2013, vai começar a pré-escola, em setembro, sendo um dos mais novos da classe – mas como ele é grande, as pessoas pensam que ele é mais velho e esperam atitudes mais maturas do que para a sua idade. Nesse primeiro ano de pré-escola, a maior parte do tempo é dedicado a aprender brincando, e o resto, acredito que um terço do tempo, é para sentar e estudar, mas os professores não podem obrigar as crianças a sentarem, apensas encorajá-las. Uma amiga me contou que sua filha que entrou na pré-escola no ano passado sentiu uma dificuldade enorme de se adaptar aos intervalos, porque não estava acostumada com a quantidade de crianças brincando, sem ter a mãe ou algum familiar de referencia por perto. A menina sentava num cantinho e ficava ali o tempo todo. Quando a mãe conversou com a professora, ela procurou uma outra menina com o mesmo problema e estimulou a amizade entre as duas, que então se sentiram mais seguras. Imagino algo assim acontecendo com o Luka!

Enfim, já fico preocupada sobre como será quando o Luka for para a escola. Esse é o meu maior medo, que ele seja excluído. Ele é meio tímido, demora para se ambientar, e para piorar, é sentimental, fica magoado rapidinho. Já fico imaginado ter que falar com as outras mães para pedir que digam a seus filhos que sejam legais com ele haahhhhaa, superprotetora, será? O que será que se deve fazer, tentar proteger para que não sofram muito, não aprendam a excluir e ser excluidos, e para que tenham uma infância mais feliz, ou deixar que as experiências ruins o ensinem sobre a vida, a ser mais forte? A segunda resposta parece mais convincente, mas não haveria consequências negativas? Como se tornar menos afetivo e mais resignado, talvez ainda mais introvertido, como forma de auto-proteção? Você já parou para pensar como as crianças podem ser muito ruins com as outras? Vai dizer que você nunca se aliou a um grupinho na escola e ficou zombando de alguém, ou não deixou um colega fazer uma atividade com você, ou algo assim, atitudes que tem base na sinceridade, mas que são consideradas “bulliyng”, palavra tão utilizada recentemente, que significa agressão psicológica e física, e que ainda não tem tradução oficial em português.

Pois o que aconteceu com o Luka hoje é uma forma de “bulimento”. Aqui na Inglaterra, o assunto é encarado com muita seriedade, e um livro entitulado “Bullying – o que os adultos precisam saber e como manter as crianças seguras”, ensina: (Traduzo livremente)

-      Andar com atenção, calma, respeito e confiança. Oriente a criança a manter a cabeça para cima, coluna reta, andando com firmeza, olhando ao redor e com expressão pacífica, assim ela será um alvo mais improvável. Faça a criança andar pela casa enquanto você ensina.

-      Ensine a criança a evitar agressores, como desviar em corredores, e a proteger o seu espaço, colocando as mãos na frente do corpo com a palma aberta e dizendo “Pare!”, sem medo ou agressividade, olhando nos olhos do agressor. Também ensine a gritar, para caso de necessidade, e procurar a ajuda de um adulto.

-      Ensine a criança a se proteger de insultos, e que ofender de volta piora a situação. Uma maneira de tirar o poder de palabras que machucam é dizê-las em voz alta e imaginar que está jogando a palabra fora. Pratique em casa. Por exemplo, se alguém diria “você é estúpido”, a criança deve repetir a frase em voz alta e imginar que a está colocando na lixeira, e depois dizer uma frase positiva como “eu sou esperto”, e “guardar” a frase para si. Para “eu não quero brincar com você”, use “vou encontrar outro amigo”.

-      Ser deixado de fora é uma das maiores formas de bullying. (Ah, então eu tenho razão em me sentir responsável por protegê-lo!)Exclusão deveria ser contra as regras da escola. A criança pode praticar com você insistindo para participar de um jogo. Ensine-a ser positiva e simpática, dizendo “eu quero jogar”. Pergunte a ela quais são os motivos que os outros dão quando dizem não. Se eles dizem “você não sabe bem”, ensine a dizer “vou aprendendo jogando mais”, para “tem muita gente”, “sempre tem lugar para mais um”, e para “você trapaceou na última vez”, “eu não sabia bem a regras, vamos combinar tudo antes de começar”.

-      Crianças precisam aprender a pedir ajudar e insistir, mesmo que os adultos ignorem. Aprender a usar palavras firmes e educadas, linguagem corporal e tom de voz sob pressão, e não desistir quando precisar de ajuda são habilidades úteis para o resto da vida. Encene uma situação com a criança, fazendo de conta que você é o adulto para o qual ela está pedindo ajuda na escola, e você está ocupado e fica irritado, ensine-a a insistir e explicar que não se sente segura, que não se sente bem, que não gosta da escola por causa disso, etc. Após insistir bastante, deveria funcionar, mas se não, ensine-a a procurar outro adulto e a contar o problema em casa.

-      Criança precisa aprender em que situação ela tem o direito de machucar alguém para se defender. Brigar é o último recurso – quando ela vai ser machucada e não pode sair ou chamar ajuda. Aprender a usar defesa física própria ajuda a criança a se sentir mais segura, mesmo que nunca precise utilizar o recurso. Sendo mais confiante, ela deixará de ser alvo constante. Deixe a criança praticar com uma almofada chutar alguém no queixo, ou beliscar a coxa ou braço, ou bater no peito, ou leve-a para alguma classe de defesa.
 
Bom, a base de tudo isso parece ser a auto-confiança, e acredito que a melhor forma de começar a aprender é copiando, seguindo o exemplo dos pais e adultos mais próximos. Haja sempre com segurança, firmeza, respeito e simpatia na frente do seu filho para que ele copie seu comportamento. Foi isso que aprendi com essa leitura. (Eu sou mais tímida e insegura que o Ryan, e infelizmente parece que ele puxou mais para a mãe, mas tenho certeza de que o exemplo do pai vai ser positivo no futuro, até eu aprendo!)

Esse texto parece ser muito básico e inocente, mas se pensarmos bem faz bastante sentido, porque o cérebro infantil e sua experiencia de vida ainda não considera essas soluções “simples demais para funcionar”. Elas são como uma base de comportamento social que a criança está começando a vivenciar, e fazem parte da formação do caráter.

Também na internet, li um depoimento interessante. Uma mãe conta que o filho autista sofria de bullying na escola. Quando ela identificou os agressores, conversou com a diretora, que passou a colocar os agressores junto com o seu filho para comer e para andar da escola para casa. Com o tempo, os agressores passaram a ser amigos do menino e até se tornaram os seus protetores contra novos bullies.

Outra dica: tenha certeza de que seu filho tenha um ou dois amigos na escola, porque os agressores sempre atacam os solitários. E explique que não há nada de errado em sentir medo ou ficar triste, mas que deve fazer um esforço para não chorar na frente do agressor, porque isso piora a situação. Outra coisa: explique a seu filho que não há nada de errado com ele.

E para os pais: trate agressores com respeito e educação, pois assim eles serão menos inclinados a pegar no pé do seu filho.

Estou me sentindo um pouco mais segura após ler mais sobre o assunto. Acredito que a participação dos pais é essencial para o sucesso na vida escolar dos filhos, e nos relacionamentos. Antes me sentia culpada por ser superprotetora, agora sinto que sou responsável, e que se todos os pais se preocupassem em educar seus filhos dessa maneira, o mundo seria um lugar bem mais pacífico. 

Daqui a pouco, quando for horário de dormir do Luka, vou propor uma encenação, fazendo de conta que sou o menino da escolinha que não o deixou entrar no barco, e ensinando a ele como agir.

O outro lado da moeda: como identificar se seu filho é um bully: (do site www.bullyingnaoebrincadeira.com.br)

  • falta de empatia e consideração para com os sentimentos alheios;
  • necessidade de estar o tempo todo no controle das situações;
  • frustrar-se facilmente;
  • falta de habilidade social ou interpessoal;
  • culpar tudo e todos por seus atos;
  • necessidade de vencer sempre ou de ser o melhor em tudo;
  • parecer ter prazer ao ver o sofrimento alheio;
  • não demonstrar remorso por atitudes ou comportamentos negativos;
  • interpretar sempre as atitudes alheias como hostis ou agressivas;
  • atacar para evitar ser atacado;
  • ignorar normas e regras;
  • procurar sempre atenção, seja positiva ou negativa;
  • ter amigos que são má influência;
  • prazer em ferir ou maltratar animais;
  • ter pais rígidos ou permissivos em excesso;
  • ter sido vítima de bullying por parte de colegas ou de alguém da família.